Estima-se que 4 milhões de brasileiros utilizem alguma forma de terapia alternativa para tratar doenças. A Associação Brasileira de Medicina Complementar calcula que existam cerca de 50 000 terapeutas alternativos em atividade no país. O maior risco em utilizar estas formas de tratamento é que as terapias alternativas agem sobre os sintomas, mas não resolvem a fonte do problema. Esse tipo de reação pode mascarar um problema real ou retardar o início de um tratamento que realmente resolva.
Além disso, é muito comum encontrarmos por aí consultores sem nenhuma formação ou habilitação profissional atuando como conselheiros ou terapeutas. O que pode ser benéfico para uma pessoa poderá ser ineficiente ou até mesmo nociva para outra.
O que se vê é um crescimento das terapias alternativas. Na verdade a explosão da medicina alternativa se deve a diversos aspectos. Um dos principais é a descrença dos pacientes em relação à medicina convencional. Se alguém precisa fazer uma quimioterapia pergunta tudo e
desconfia de tudo, porém se alguém lhe falar que chá de babosa cura câncer, toma sem duvidar.
No Brasil, há três vezes mais massagistas corporais, que garantem dar fim a dores de coluna, que ortopedistas. Existe quase o mesmo número de terapeutas florais e de cardiologistas. E os cerca de 1 300 iridologistas, indivíduos que dizem diagnosticar qualquer doença pela análise da íris, somam quase a metade dos nefrologistas brasileiros.
A terapia alternativas são vistas com imensas reservas pela classe médica. A razão é clara: muitos dos chamados terapeutas alternativos são leigos que fazem um curso de fim de semana e saem alegando possuir poderes curativos e de diagnóstico, alguns dizem que curam até AIDS.
O oncologista Riad Younes, do Hospital do Câncer de São Paulo, durante dois anos, acompanhou 1 000 pacientes com câncer e descobriu que 43% deles (chegando a 70% entre os que estavam em fase terminal) recorriam a terapias não convencionais. Em nenhum dos casos em que o paciente usou uma destas terapias alternativas o tumor diminuiu.
Podemos citar algumas terapias alternativas que são reconhecidas pela medicina, como a acupuntura, homeopatia e a fitoterapia. A primeira é considerada uma ciência real, a ponto de ser usada como anestesia até em partos. A homeopatia é admitida pelos médicos tradicionais em doenças crônicas, sobretudo nas de fundo emocional. Quanto à fitoterapia, é inegável o princípio curativo de alguns chás e plantas. Cerca de 45% dos remédios usados pela medicina convencional são feitos a partir de substâncias extraídas de vegetais.
Manipulações de vértebras como a quiropraxia e o shiatsu são vistas mais como técnicas de relaxamento do que como ciência.
Quanto a fitoterapia não existe contra-indicação desde que não substitua o tratamento e acompanhamento médico, porem a acupuntura e a homeopatia tem forte ligação com crenças orientais ligadas a NOVA ERA.
Crenças em energias interiores, que podemos nos curar administrando as energias que fluem de nosso poder interno.
São crenças que destoam de nossa crença em um Deus mantenedor.
Há alguns “pacientes de terapias alternativas que alegam melhora, segundo estudo publicado na revista Science, 30% dos pacientes melhoram com o simples fato de tomar um comprimido, mesmo que seja um remédio sem real funcionamento.
Outro fato é que, em muitos casos, a pessoa melhoraria mesmo sem fazer nada. Mas, como a melhora veio após o tratamento alternativo, acreditam que esta foi a causa da cura. Outra possível razão é a natureza cíclica de certas doenças ou o paciente nem estava doente de fato.
Diz-se da medicina alternativa que ela tem poucos efeitos colaterais e é mais barata que a tradicional. Vista assim parece inofensiva. No entanto, em casos de pacientes com câncer, por exemplo, pode ser mais danosa que útil. Veja alguns dos problemas:
1. DIAGNÓSTICO TARDIO
Os grandes aliados do paciente com câncer são o diagnóstico precoce e o pronto tratamento. Se pensar que está fazendo um tratamento alternativo que pretensamente vai curá-lo, o paciente pode procurar tratamento efetivo tarde demais.
2. MAL-ESTAR FÍSICO
Há casos de intoxicação, envenenamento e infecção provocados por tratamentos alternativos, como ingestão de chás.
3.INTERFERÊNCIA EM TRATAMENTOS COMPROVADOS
Dependendo do tratamento, misturar uma terapia alternativa pode diminuir a ação de medicações alopáticas comprovadamente eficazes.
4. PERDA DE TEMPO
Um paciente terminal, desenganado pela medicina convencional, tem necessidade de colocar a vida em ordem, usar seu tempo da melhor maneira possível. Caso se embrenhe em algo duvidoso, pode gastar um tempo útil em um procedimento inútil.
Fonte: André Deeke Sasse, oncologista
A comunidade cientifíca parece estar do lado contrario a terapias alternativas. Observe os exemplos abaixo:
1. APITERAPIA:
O tratamento de qualquer doença com mel, própolis, pólen e até larva de
abelha.
O endocrinologista carioca Adolfo Milech declarou: "Dar mel para diabético pode matar!".
2. URINOTERAPIA:
Além dos limites da sanidade está a inigualável "urinoterapia", que recomenda aos pacientes que bebam a própria urina para "restaurar o equilíbrio" do organismo. A técnica pertence à medicina tradicional da China. No Brasil, vem sendo difundida por padres que pregam junto a
comunidades carentes.
O endocrinologista Dr. Alfredo Halpern, médico endocrinologista e
professor da Faculdade de Medicina da USP declarou sobre a técnica:.
"É a coisa mais imbecil que eu já ouvi. A urina é formada por excrementos, impurezas que o organismo está jogando fora. Não se pode, nem se deve, ingeri-la de volta".
3. SHIATSU
É como a acupuntura, mas sem as agulhas, e sim com o uso da pressão dos dedos nos pontos. Segue a filosofia chinesa de que o corpo é atravessado por canais de energia. CRENÇA DA NOVA ERA.
4. REIKI
É uma terapia de imposição das mãos, na qual o terapeuta seria apenas "uma ponte" entre a energia do universo e a da outra pessoa. Os reikianos sustentam que a própria energia vital pode curar qualquer doença. Qualquer um pode se tornar um mestre reikiano num curso de fim
de semana.
5. XAMANISMO
Leitura moderna de uma tradição antiga. Entra-se em um estado de consciência alterado. Atualmente, com batidas de tambor; nos anos 60, com cogumelos selvagens. Faz-se algo como uma viagem para o mundo espiritual. Lá, você encontrará uma espécie de "poder animal", que pode ser desde um amigo invisível até um pingüim.
6. MAGNETOTERAPIA
Técnica que utiliza ímãs para combater dores crônicas, inflamações, ansiedade e insônia. Alegam que a técnica auxilia na circulação do sangue, respiração e tudo o que se possa imaginar... Colocam-se placas imantadas sobre algumas regiões do corpo ou recomendam-se banhos com água magnetizada. Eficaz mesmo só para prejudicar quem usa marcapasso.
Os seguidores das práticas alternativas, alegam que os humanos vivem na presença dos campos magnéticos da Terra. Estes campos são bloqueados pelo concreto e pavimentação e outras estruturas humanas. Na suposta ausência destes campos o corpo de algum modo adoece.
O que vemos sobre os tratamentos acima não é um tratamento real. Campos magnéticos não são bloqueados pelo concreto. Em qualquer lugar que uma bússola funcione, os campos magnéticos da Terra estão presentes.
O sangue não é magnético. Se fosse, o corpo explodiria em uma máquina de ressonância magnética.
7.AROMATERAPIA
Defende o uso de óleos essenciais de plantas e flores, que são esfregados no corpo ou inalados com o propósito de tratar doenças da vida moderna, como depressão e stress. Nada mais é que um placebo .
8. CRISTAIS
Sustenta que a energia dos cristais pode proteger o corpo e afastar doenças. Não tem respaldo cientifico nenhum.
9. CROMOTERAPIA
As cores teriam propriedades curativas. Azul, por exemplo, seria calmante. Propõe tratar dores crônicas, desordens imunológicas e até câncer. O tratamento recomenda concentrar-se em uma cor e imaginar que ela está percorrendo todas as veias, tomando conta do corpo. Sugere que
a pessoa beba a chamada "água de arco-íris", que é água colocada em vários recipientes coloridos expostos ao sol. Esqueça. Não funciona.
10. IRIDOLOGIA
Se propõem a fazer diagnósticos observando as marcas da íris. A técnica é considerada uma piada pela comunidade científica. Mesmo os simpatizantes dos tratamentos alternativos desconfiam. O Royal London Homeopathic Hospital, um dos mais conceituados da Inglaterra, publicou um estudo afirmando que a iridologia é uma técnica "totalmente sem valor."
11. FLORAIS DE BACH
Essências de 38 flores diluídas em um conservante à base de conhaque que teriam propriedades curativas.
Alegam qua a superdiluição de um princípio ativo se torna mais forte.
A técnica é fortemente ancorada em crenças da NOVA ERA.
O próprio dr. Bach disse: A ação destes remédios consiste em elevar nossas vibrações e abrir nossos canais para a recepção do 'eu espiritual', inundar nossa natureza com a virtude particular de que precisamos e em expurgar de nós o erro que causa o mal . Eles
curam, não combatendo a doença, mas inundando nosso corpo com as sublimes vibrações de nossa "Natureza Superior".
Há estudos que mencionam que a "Memória" da água é curta. Cientistas acabam de demonstrar que a água de fato tem memória --a capacidade de armazenar de algum modo propriedades de substâncias que já estiveram diluídas nela, mas não estão mais lá. Os pesquisadores
também constataram que a "lembrança" dura no máximo 50 femtosegundos.
Um femtosegundo é o equivalente a um bilionésimo de milionésimo desegundo (em miúdos, um intervalo de tempo ridículo). "Depois de uns 30 a 50 femtosegundos, a água perde a sua memória", diz R.J. Dwayne Miller, da Universidade de Toronto, no Canadá, autor principal do
estudo que saiu na revista científica "Nature".
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo
12. HIPNOTERAPIA
Leva a pessoa a um transe semiconsciente. Nesse estado, as pessoas
estariam mais suscetíveis a ser sugestionadas e acabariam se
recuperando mais rapidamente de problemas de saúde ou vícios, como
bebidas e drogas. Reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina como um
complemento ao tratamento convencional.
Porém, como já estudamos, a hipnose não é uma prática que deve ser
utilizada pelo cristão.
Além dos riscos causados pela falta de rigor científico, tais conceitosestão longe do que a Palavra de Deus ensina. Os tratamentosrepresentativos estão impregnados pela filosofia ocultista.Conseqüentemente, esses conceitos afetam a comunhão com Deus. Emvirtude desses tratamentos, o ocultismo está se popularizando cada vezmais. Como servos de Cristo, devemos discernir entre o natural e omístico. E, para isso, não podemos nos deixar enganar pelas aparências.
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